Em pleno
século XXI não há mais como admitir que a seca (escassez ou falta de água) que
ocorre no Ceará, seja resultante de fatores climáticos, principalmente devido ao
baixo índice pluviométrico que ocorreu neste ano. Devemos reconhecer a seca
como um fenômeno social e jamais um desastre natural, que tende a se conformar
ao longo dos anos.
E, cada vez que a seca torna-se evidente, as soluções costumeiras aparecem (programas de transferências de rendas, realização de obras estruturais, assistencialismo paliativos, etc), porém, nada se comenta sobre a solidariedade e sustentabilidade hídrica. A verdade é que, em alguns dos estados do nordeste não deveria ocorrer escassez ou falta de água, porém, os obstáculos para a solução definitiva são vários, destacando-se a carência de políticas públicas para o gerenciamento da água, a nível municipal.
É importante descentralizar a gestão da água, libertando-a do poder estadual, com a finalidade de um gerenciamento integrado com a Política e Sistema Municipal para a Gestão e Administração da Água, que deve ser desenvolvida e implantada em todos os municípios. Para que isto ocorra é necessário que seja do mais alto interesse do Estado, que os Municípios disponham de organização jurídico-institucional capaz de gerenciar essa situação.
Dessa forma, o princípio de gestão da água será de forma descentralizada e participativa, e a sociedade passará a desempenhar importante papel, que vai desde o estabelecimento de diretrizes para a recuperação, a preservação e a conservação da água, até a definição das obras destinadas ao aproveitamento dos recursos hídricos, na promoção do bem-estar das comunidades.
Francisco Parente de Carvalho
engenheiro agrônomo e hidrólogo
Fonte:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/opiniao/a-crise-de-agua-1.689227
SEJAMOS CONSCIENTES! VAMOS ECONOMIZAR ÁGUA E USÁ-LA DE FORMA EXTREMAMENTE NECESSÁRIA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário