Finalizando o tempo de Natal e entrando no tempo comum do ano litúrgico, recordamos neste domingo o dia em que Jesus foi batizado no Jordão, revelando para nós, outro aspecto de sua encarnação, de sua epifania: a manifestação pública de sua adesão ao Pai e a missão que lhe foi confiada, como Filho amado e fiel.
Este fato contém todo o itinerário que Jesus deverá percorrer, como Servo, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Expressa toda sua “simpatia”, sua disposição de mergulhar, assumindo profundamente nossa humanidade, num inacreditável ato de solidariedade que o leva até a cruz. É o sinal profético da arrancada final em direção à Páscoa.
Ao celebrar o batismo de Jesus, prefigurativo do Batismo cristão, poderemos recordar o Batismo que recebemos, que nos fez seguidores de Jesus e participantes de sua missão.
Mergulhados nas águas que comunicam o Espírito, revivemos hoje nossa consagração batismal, pela qual fomos incorporados a Cristo “para sermos interiormente transformados por Ele”, é o que pedimos na oração do dia.
Como povo sacerdotal, assembleia de batizados, proclamamos pela eucaristia, as maravilhas daquele que nos chamou das trevas à sua luz e aceitamos ser mergulhados com Cristo no mistério de sua entrega filial ao Pai.
Acolhemos em oração, o Espírito que nos é entregue e, na voz do Pai, recebemos a confirmação de sermos seus filhos amados com a missão dês ser luz para as nações e alegres anunciadores da boa-nova do Reino.
Celebrando a Eucaristia, vivemos o núcleo da vida batismal, entrando em comunhão com Deus, com os irmãos, com o cosmos, dando sentido pascal à vida. Ouvindo Jesus, o Filho amado, prolongamos no mundo sua missão, de serviço à justiça com suavidade e mansidão, “fazendo o bem e curando a todos” para que todos vivam de fato, como filhos amados de Deus, concluímos na oração após a comunhão.
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