O jubileu do Ano da Misericórdia é um convite
a olhar para o próximo sem julgar e condenar, com amor e perdão sem medida
O Papa Francisco convocou a Igreja do mundo todo
para um Ano Jubilar Extraordinário dedicado à Misericórdia. A expectativa era
para a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro,
porém o “Papa das Surpresas” antecipou a abertura da Porta Santa para o dia 29
de novembro, em Bangui, capital da República Centro Africana. “Decidi convocar
um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será
um Ano Santo da Misericórdia”, disse o Santo Padre ao anunciar a celebração. A
proposta é viver a misericórdia no exemplo do Pai, que pede para não julgar e
não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38).
Remédio
da Misericórdia
A abertura do Ano Jubilar coincide com os
cinquenta anos do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, encorajando a
Igreja a prosseguir a obra iniciada. De fato, Papa João XXIII declarou que “em
nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que
o da severidade…”. Em um sinal do desejo da Igreja de avançar no caminho
iniciado em 1965, Francisco reafirma que a missão de todo cristão é agir sempre
na linha da misericórdia.
Bula
da misericórdia
Francisco
publicou uma Bula intitulada Misericordiae Vultus, que significa “O
Rosto da Misericórdia”. Com esse documento, oficializa o Ano Santo. Bula indica
um tipo de documento do Papa. Deriva do antigo selo que fechava as cartas
pontifícias, em formato de bola (bulla), podendo ser de prata ou chumbo. Hoje,
bula é um folheto explicativo que acompanha os medicamentos. Dessa maneira,
pode-se aplicar o mesmo sentido à bula de Francisco por apresentar à Igreja e
ao mundo o grande remédio da misericórdia para curar as feridas humanas.
Vivendo
de maneira concreta
Uma maneira concreta para viver o Ano
Santo é a prática das obras de misericórdia corporais e espirituais. O Papa
Francisco expressou seu vivo desejo de que os cristãos reflitam essas práticas
e despertem da indiferença diante da pobreza, já que “os pobres são os
privilegiados da misericórdia divina”.
Obras
de Misericórdia Corporais e Espirituais
O convite é, portanto, de uma
redescoberta. São obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos,
dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar
assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos.
Obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
Obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
Perdão
a quem cometeu aborto
Entre as graças disponibilizadas para o
Ano da Misericórdia, destaque para o perdão concedido a quem cometeu aborto.
“Decidi conceder a todos os sacerdotes a faculdade de absolver do pecado de
aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja
perdoado”, escreveu Francisco.
O Papa não ameniza a gravidade do aborto
e diz na carta que “o drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência
superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante
comporta. “O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja
arrependido, sobretudo, quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da
Confissão para obter a reconciliação com o Pai”, acrescenta.
Fonte:
http://formacao.cancaonova.com/igreja/ano-da-misericordia/saiba-como-viver-bem-o-ano-da-misericordia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário