A importância da
Missa
A celebração da
Missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o
centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja, quer universal quer local,
como para cada um dos fiéis. Nela culmina toda a ação pela qual Deus, em
Cristo, santifica o mundo, bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio
de Cristo, Filho de Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai. Nela se
comemoram também, ao longo do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que
eles se tornam, de algum modo, presentes. Todas as outras ações sagradas e
todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela
se ordenam.
Por isso, é da
máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal modo se
ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo
a sua condição, dela colham os mais abundantes frutos. Foi para isso que Cristo
instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue e o confiou à Igreja,
sua amada esposa, como memorial da sua paixão e ressurreição.
A Santa Missa é
dividida em três partes: Ritos iniciais, Liturgia da Palavra e Liturgia
Eucarística.
Ritos iniciais
Os ritos que
precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie
(Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o carácter de
exórdio, introdução e preparação.
É sua
finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia.
Em algumas
celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os
ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.
Entrada
Reunido o
povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros, inicia-se o
cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração,
favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo
litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do
sacerdote e dos ministros.
O cântico de
entrada é executado alternadamente pela schola e pelo povo, ou por um cantor
alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou somente pela
schola. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no
Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação
sagrada ou ao carácter do dia ou do tempo, cujo texto tenha a aprovação da
Conferência Episcopal.
Se não há
cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos os
fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote,
que também pode adaptá-la à maneira de admonição inicial (cf. n. 31).
Saudação do altar e da assembleia
Chegados ao
presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com
inclinação profunda.
Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar.
Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar.
Terminado o
cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, e toda a assembleia
fazem sobre si próprios o sinal da cruz; em seguida, pela saudação, faz sentir
à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do
povo manifesta-se o mistério da Igreja reunida.
Depois da
saudação do povo, o sacerdote, ou o diácono, ou outro ministro, pode, com
palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia.
Ato penitencial
Em seguida,
o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de silêncio,
é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com
a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do
sacramento da penitência.
Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.
Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.
Kýrie, eleison
Depois do
ato penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de nós (Kýrie, eléison),
a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um
canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é
normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou
um cantor.
Cada uma das
aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui, porém, um maior
número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou das
circunstâncias.
Glória in excelsis
O Glória é
um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito
Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o
texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por
um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo
alternando com a schola, ou só pela schola.
Se não é
cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros alternadamente.
Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas
solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes.
Oração coleta
Em seguida,
o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente com ele, se recolhem
uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na
presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. Então o
sacerdote diz a oração que se chama «coleta», pela qual se exprime o carácter
da celebração.
Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração dirige-se habitualmente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais longa, deste modo:
• se é dirigida ao Pai: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sáecula saeculórum;
• se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum;
• se é dirigido ao Filho: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum.
Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração dirige-se habitualmente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais longa, deste modo:
• se é dirigida ao Pai: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sáecula saeculórum;
• se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum;
• se é dirigido ao Filho: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum.
O povo
associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação Amem.
Na Missa
diz-se sempre uma só oração coleta.
* Com a
aprovação da Sé Apostólica, nos países de língua portuguesa as orações concluem
todas do mesmo modo:
• se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo;
• se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo;
• se é dirigido ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo
• se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo;
• se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo;
• se é dirigido ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo
>>Retirado da Constituição Conciliar Sacrosanctum
Concilium
Pai das Misericórdias e Deus de toda
consolação, ouvi-nos!
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