A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate
Que conceito bonito este de que a família é a Igreja doméstica! “Em
nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as
famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e
irradiante. Por isso, o Concilio Vaticano II chama a família, usando uma
antiga expressão, de ‘Eclésia doméstica’. É no seio da família que os
pais são ‘para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros
mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a
vocação sagrada’” (Catecismo da Igreja Católica, n° 1656).
O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio
da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”,
comunidade de graça e oração, escola das virtudes humanas e da caridade
cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).
Os pais são os primeiros a transmitir a fé, os valores cristãos e
universais e uma boa educação para os filhos. Pai e mãe são mestres da
vida; pela palavra e pelo exemplo, eles nos ensinam coisas que vamos
levar para a vida toda, que vão influenciar nossas escolhas e,
principalmente, formar a nossa consciência do bem e do mal. Serão os
primeiros catequistas, que, muito mais do que ensinar, vão transmitir
pela prática, porque os filhos os verão fazendo.
Eu mesmo poderia dizer da minha mãe e da minha avó quando as via
rezar o terço diante da imagem de Nossa Senhora: “Era uma santa ouvindo o
que a outra santa dizia!”. Meus pais imprimiram em mim muito mais do
que traços biológicos e heranças hereditárias, qualidades e defeitos e o
desejo de um futuro brilhante. Eles fizeram com que eu experimentasse o
amor de Deus e a graça da fé. Quando ainda era criança, sem que eu
entendesse, deram-me um banho de Água Viva, que me fez nascer de novo e
me enxertou em Cristo Jesus. Dando-me assim o dom da imortalidade e a
graça de pertencer a uma família muito grande: a Igreja!
Como explicar para as crianças e os jovens que, na Páscoa, o mais
importante é a festa da vida que vence a morte? Que Cristo
verdadeiramente foi morto numa cruz e que, por aceitar morrer assim, Ele
nos libertou do pecado e nos salvou pela Sua Ressurreição? A
Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como
o chocolate, é cheio de vida como o ovo e é tão fecundo como um casal
de coelhinhos. É preciso ter a coragem de celebrar a fé em família e ensinar o verdadeiro sentido de ser cristão.
Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da
morte para a vida, é vencer o pecado e a morte. É também celebrar a vida
com o sabor de um ovo de chocolate e mostrar ao mundo que o cristão
precisa ser como o coelho: fecundo em virtudes, amor e santidade. É
arrumar uma ceia e acender uma vela para convidar os amigos e parentes
para se iluminarem com a luz de nossa fé. Uma fé que nasce e renasce
constantemente no seio de nossas famílias. É ser criativo e pedir ao
Espírito Santo que grave em nossos corações a graça e o verdadeiro
sentido dos símbolos pascais:
O Círio Pascal: Representa o Cristo Ressuscitado, que deixou o
túmulo, radioso e vitorioso. Na vela pascal ficam gravadas as letras
Alfa e Ômega, significando que Deus é o princípio e o fim. Os algarismos
do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs, é
comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.
O ovo, aparentemente morto, é o símbolo da vida que surge
repentinamente, destruindo as paredes externas e irrompendo com a vida.
Simboliza a Ressurreição.
O Cordeiro: Na Páscoa da antiga aliança, era sacrificado um cordeiro.
No Novo Testamento, a vítima pascal é Jesus Cristo, chamado Cordeiro
Pascal.
O Coelho: Símbolo da rápida e múltipla fecundidade da Igreja, que
está espalhada por toda a parte, reproduzindo fiéis: há um número
incalculável de filhos de Deus, frutos da Graça da Ressurreição.
O Trigo e a Uva: Simbolizam o pão e o vinho da Santa Missa e, por seu
grande significado com a Trindade Santa, traduzem, por excelência, o
símbolo Pascal. Para a ornamentação da mesa de Páscoa, nada mais
indicado que um centro feito com uvas e trigo, entre cestas de pães e
jarras de vinho.
O peixe é o mais antigo dos símbolos de Cristo. Se Ele é o Grande
Peixe, somos os peixinhos d’Ele. Isso quer dizer que devemos sempre
viver mergulhados na graça de Cristo e na vida divina, trazidas a nós
pela água do batismo, momento em que nascemos espiritualmente, como os
peixinhos nascem dentro d’água.
Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!
FELIZ PÁSCOA!
Fonte:
http://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/pascoa/pascoa-e-uma-festa-de-familia/
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