A COMUNICAÇÃO E A FAMÍLIA
O apelo de Jesus ressuscitado aos seus discípulos, neste domingo da Ascensão, é: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a boa notícia a toda a humanidade” (Mc 16,15).
Jesus pede que a sua mensagem chegue a todos. Nenhuma realidade humana pode ser omitida do anúncio.
O papa Francisco tem insistido que a evangelização precisa ser acompanhada da alegria. Reconhece que “o grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada” (Evangelii Gaudium, n. 2).
Entre os lugares singulares onde somos chamados a pôr em prática a “alegria de evangelizar” está a família, assim como a família está no centro do 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que celebramos neste domingo. O tema proposto pelo papa, “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”, indica que a comunicação é fundamental na formação desta primeira comunidade da qual fazemos parte ao vir ao mundo. De fato, o “encontro” entre seus membros somente pode ocorrer onde há relações gratuitas, construídas sobre atitudes de amor, considerando que do amor nascem a acolhida, o perdão e a partilha.
A qualidade de nossas relações humanas depende da qualidade de nossa comunicação. Todos somos responsáveis por criar em nossas famílias um ambiente de escuta, que favoreça o diálogo e a compreensão, primeiro passo para uma evangelização fecunda. Jesus é a nossa primeira referência. Ele é o comunicador perfeito a nos indicar o caminho da nova humanidade construída com gestos simples, marcados pela autenticidade, cordialidade, compaixão e ternura.
Pe. Valdir José de Castro, ssp
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