Comunhão e Partilha: este
é o nome do projeto solidário que surgiu da preocupação do episcopado
brasileiro com a formação dos seminaristas das dioceses mais pobres. “Temos
irmãos bispos que vivem em dificuldades para a manutenção da ação pastoral de
sua diocese, e mesmo para a manutenção dos seminários”, relata o presidente da
Comissão Episcopal para a Solidariedade entre as Dioceses, dom Alfredo
Schaffler (foto).
A Comissão foi criada após
a Assembleia Geral dos Bispos em 2012 com a responsabilidade de coordenar o
projeto. Desde junho do ano passado, todas as dioceses e prelazias do Brasil
destinam 1% de sua receita bruta mensal para um fundo administrado pela CNBB,
com o objetivo de colaborar com as dioceses que não tem recursos para custear
plenamente a formação de seus seminaristas. Estas dioceses foram divididas em
dois grupos: o primeiro, reúne as dioceses com renda mensal até 10 mil reais, e
o outro com renda mensal acima de 10 mil e abaixo de 20 mil reais. “Existem
situações muito precárias no Brasil, de bispos que vivem de forma abnegada e
pobre, e às vezes até passando necessidade, para poder manter os seminaristas”,
explica dom Alfredo.
O fundo de solidariedade
já realiza, desde agosto do ano passado, o repasse no valor de dois salários
mínimos, em benefício de cada seminarista das 14 dioceses do primeiro grupo.
São elas: Marajó (PA), São Félix do Araguaia (MT), Corumbá (MS), Borba (AM),
Rui Barbosa (BA), Ponta de Pedras (PA), Paranatinga (MT), São Raimundo Nonato
(PI), Zé Doca (MA), Brejo (MA), Carolina (MA), Bom Jesus de Gurguéia (PI), Bagé
(RS) e Humaitá (AM).
A partir de março deste
ano, o fundo iniciou o repasse no valor de 75% de dois salários mínimos em
benefício de cada seminarista das 23 dioceses do segundo grupo: Abaetetuba
(PA), Barra (BA), Oeiras (PI), Jardim (MS), Lábrea (AM), Cametá (PA), Coroatá
(MA), Floriano (PI), Salgueiro (PE), Itabuna (BA), Tefé (AM), Três Lagoas (MS),
Irecê (BA), Coari (AM), Cristalândia (TO), Cruzeiro do Sul (AC), Crateús (CE),
Coxim (MS), Barra do Garças (MT), São Gabriel da Cachoeira (AM), Almenara (PA),
Itacoatiara (AM) e Serrinha (BA).
Até o final de maio, 232
seminaristas foram beneficiados com o projeto. Cada diocese beneficiada deve
informar à CNBB o nome do seminarista, bem como enviar um relatório anual da
ajuda recebida e sua aplicação. O projeto “Comunhão e Partilha” terá
duração de cinco anos, quando deverá ser avaliado pela Assembleia Geral da
CNBB.
Acompanhe
http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/12183-projeto-une-igreja-no-brasil-em-prol-formacao-de-seminaristas-das-dioceses-mais-pobres-
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