Estamos
em agosto, conhecido tradicionalmente na Igreja Católica como mês
vocacional. Esta celebração acontece desde 1981, quando a data foi instituída
através da 19ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB).
Durante esse período as paróquias,
instituições, grupos e comunidades preparam atividades de orações ou formações
para que os fieis possam intensificar ou descobrir a sua responsabilidade e compromisso
com a Igreja e a sociedade e, assim, atender ao chamado de Deus.
Por isso, cada domingo do mês de
agosto é reservado para se trabalhar e celebrar uma vocação em especial.
O primeiro domingo do mês de agosto é
dedicado às Vocações Sacerdotais, festejando o Dia de São João Maria Vianney.
Já no segundo domingo, comemora-se a Vocação Familiar, com o Dia dos
Pais. No terceiro Domingo é dia de lembrar das Vocações Religiosas comemorando
o Dia da Vida Religiosa; e finalizando, no quarto Domingo
festeja-se as Vocações Leigas, com o Dia dos Ministérios Leigos e dos
Catequistas.
Leia, logo abaixo, o artigo do Cardeal
Raymundo Damasceno Assis, Presidente da CNBB, explicando mais sobre o mês
vocacional.
Agosto:
mês vocacional
(Artigo escrito pelo Cardeal Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (SP) e Presidente da CNBB)
(Artigo escrito pelo Cardeal Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (SP) e Presidente da CNBB)
No Brasil o mês de agosto é sempre uma
oportunidade para que possamos refletir sobre o chamado que Deus nos faz para
vivermos de um modo mais concreto a nossa vocação à santidade, que recebemos no
dia em que fomos batizados.
Na primeira semana, lembramos a
vocação sacerdotal, refletimos sobre a sua importância para a Igreja e rezamos
ao Senhor da messe para que envie operários, de modo que não faltem padres para
cuidar das mais diversas comunidades espalhadas pelo Brasil.
Em seguida, recordamos a vocação
religiosa. Nossa mente se volta para os homens e mulheres que se consagraram a
Deus através dos conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência para
viverem em comunidade segundo o carisma de seus fundadores e servirem à Igreja
e ao povo de Deus nos mais diferentes serviços, sejam de natureza religiosa ou
social. Lembramo-nos também dos missionários e missionárias que deixaram suas
terras e foram para os locais mais distantes no serviço do Reino de Deus,
anunciando Jesus Cristo aos que ainda não O conhecem.
Há também outra vocação que não pode
ser esquecida: a dos fiéis leigos e leigas que, através do exercício de
ministérios não ordenados, se fazem presentes nas comunidades eclesiais e no
mundo e se dedicam à evangelização na família, no trabalho profissional e no
seu ambiente social, para santificar o mundo e fazer com que ele deixe de ser a
cidade dos homens para tornar-se a cidade de Deus. Dentre os diferentes
ministérios leigos, o último domingo de agosto destaca a catequese, comemorando
o dia dos catequistas.
Grandes santos são lembrados neste
mês, como: São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, padroeiro dos párocos; São
Lourenço, padroeiro dos diáconos; Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da
Congregação dos Missionários Redentoristas; São Tarcísio, padroeiro dos
coroinhas; Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina e, de modo especial,
nossa Santa Mãe do Céu, Maria Santíssima, que é recordada na solenidade da sua
Assunção, nos apontando o feliz destino de todos os que dizem “Sim” a Deus.
O tema vocacional é, de modo especial,
voltado para os jovens. É um apelo para que todos procurem ouvir a voz de Deus
e dizer sim ao seu chamado para servirem concretamente ao seu Reino.
Rezemos para que a Mãe Aparecida
abençoe a Igreja, e, especialmente, os jovens, a fim de que sejam fiéis no
seguimento de Jesus Cristo e obedientes ao mandato de seu Fundador e Mestre:
“Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. O Papa Francisco, em sua homilia
da Santa Missa para a 28ª JMJ, afirma: “Não tenham medo! Quando vamos anunciar
Cristo, Ele mesmo vai a nossa frente e nos guia. Ao enviar seus discípulos em
missão, Jesus prometeu: “Eu estou com vocês todos os dias” (Mt 28,20). E isto é
verdade também para nós! Jesus nunca deixa ninguém sozinho! Sempre nos
acompanha.”
Por
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
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