FAMÍLIA, FUNDAMENTO DE NOSSO EXISTIR!
“Os pais educam e formam um filho, não
tanto pelos conselhos que dão, mas por aquilo que são e fazem”.
Frei Anselmo Fracasso
A família também é vista como igreja:
pequena comunidade em que se vivem os valores humanos e evangélicos. Assim como
ocorre com as comunidades cristãs, ela também passa por altos e baixos. Nem
mesmo na sagrada família de Nazaré tudo foi sempre paz e serenidade. O menino
Deus vem ao mundo e assume a condição humana. Cresce no seio de uma família
humilde e pobre, tomando parte das aventuras e dificuldades comuns a todas as
famílias.
A instituição familiar precisa
constantemente, hoje, mais do que nunca, ser revitalizada para que não caia no
descrédito, o que levaria o corpo social a perder os valores fraternos. Como
não considerar, hoje nossas famílias com suas crises e problemas? Se é verdade
que o modelo de família tem mudado muito nos últimos tempos, é também certo que
nada substitui o berço de onde cada um de nós vem. Berço sagrado, onde habita o
próprio Deus. Um dos maiores desafios, portanto, talvez seja o de recuperar a
dimensão sagrada da família. É lamentável ver tantas delas, sobretudo famílias
recém-formadas, desfeitas por atitudes imediatistas e pela mentalidade do menor
esforço, a qual tudo banaliza e foge do compromisso, porque este implica
sofrimento, renúncia e perseverança. Os pais precisam cada dia mais, acompanhar
os seus filhos, manter o tão importante diálogo e o respeito entre si e
acreditar em suas famílias, pois acreditar na família é também acreditar no
amor. Sobre isso, recordo-me de uma frase do Padre Roque Schneider: “Entre as ruínas sempre poderá nascer uma
flor. A felicidade cresce e frutifica quando acreditamos no amor”.
Se ela é considerada como agente
transformador da vida social, devemos reconhecer, por outro lado, que também
sofre as conseqüências da sociedade, por ser fruto da sua época.
Queiramos ou não, a família está
“jogada” no mundo social com suas influências benéficas e maléficas. Ao invés
de se fechar em si mesma, ela é convidada a se integrar na comunidade, abrir-se
para as necessidades do bairro e dispor-se a colaborar com as outras
comunidades e com a sociedade. Deus acompanha a todas as famílias, em todos os
momentos, mas cabe a nós, no entanto, estar atentos à sua voz, para que ninguém
e nada destrua o que existe de mais sagrado.
Aurimar Fernandes Medeiros
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