O PASTOR QUE CONHECE E AMA
No evangelho de hoje Jesus descreve o que é ser seu seguidor. Quem se põe no caminho de Jesus escuta a sua voz e o segue. Isso significa ir além de uma adesão verbal ou teórica; é comprometer-se com ele e com o seu projeto de vida abundante para todos. O prêmio àqueles que o seguem é a vida definitiva, o novo nascimento pelo Espírito, que realiza a obra criadora e lhes dá a capacidade de se tornarem filhos de Deus. Por sua vez, Jesus conhece um a um quem o segue e lhes promete proteção permanente. Há, portanto, uma relação de reciprocidade entre o pastor (Jesus) e as ovelhas (pessoas).
Neste domingo em que celebramos a figura do pastor, é importante uni-lo à figura do cordeiro (2ª leitura). Jesus não é apenas pastor que conhece e ama suas ovelhas; é apresentado como cordeiro, parceiro de vida e caminhada com seus seguidores. Nele, portanto, identificam-se as imagens do pastor-guia e do cordeiro-servo. “Na primeira imagem está expresso o amor misericordioso de Deus que Jesus nos deu a conhecer, vivo em sua pessoa; na segunda é expressa a proximidade conosco, pela qual o Filho de Deus quer assemelhar-se em tudo a seus irmãos, partilhando o destino até a morte”.
Poderíamos nos perguntar: o que é ser pastor nos nossos dias? Quem é bom e quem é mau pastor? No evangelho, Jesus se apresenta como bom pastor em oposição aos maus pastores, aqueles que não se preocupam com a vida e o destino do povo, mas dele apenas querem tirar proveito. Jesus é bom pastor porque conhece o seu povo e este também o conhece e o segue. O bom pastor procura caminhar com o povo, conhecer sua realidade, sendo capaz de olhar de modo especial para as periferias das cidades, marcadas pela violência, por dificuldades e dor.
Em todos os setores e lugares da sociedade encontramos pastores, pessoas que têm compromissos com grupos ou pessoas: na igreja, na comunidade, no bairro, no trabalho, na escola, na família… Pela prática dessas lideranças é que podemos dizer se são bons ou maus pastores.
Pe. Nilo Luza, ssp
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