Cúpula dos povos em defesas dos bens comuns
A Cúpula dos Povos será o espaço da sociedade civil brasileira em junho deste ano no Rio de Janeiro o evento paralelo ao Rio+20 promete muitos debates e a retomadas de muitas bandeiras contra a transformação da vida e da natureza em objetos de comércio.
Convocada e organizada pelos movimentos sociais e pela organização da sociedade civil, a Cúpula acontece entre os dias 15 a 23 de junho como parte do processo de luta, organização e mobilização popular. Você também poderá participar! Reúna as organizações da sua cidade, promova debates, seminários e reuniões para discutir as causas estruturais da crise mundial. As falsas soluções propostas pelo mercado e as verdadeiras soluções a partir dos povos e das agendas de lutas para o próximo período.
O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 chama as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo o Brasil e do mundo para participar do processo que culminará na realização, em junho de 2012, do evento autônomo e plural, provisoriamente denominado Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD).
Governos e empresas do mundo inteiro estarão voltados para o Rio de Janeiro. Que para os grandes empresários aparece como oportunidades para formalizar o comércio da vida, da natureza e dos bens comuns. O grande objetivo é garantir em suas altas margens de lucro, para isso, existe uma clara tendência de avançar na mercantilização da natureza com aprovação de leis que regulamenta a sua propriedade e comercio inclusive nas bolsas de valores como comodites.
Há vinte anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) e o ciclo social de conferências das Nações Unidas que a ela se seguiu discutiram os problemas globais que afetam a humanidade e pactuaram uma série de propostas para enfrentá-los (as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban, entre outras). Mas aquilo que deveria ter sido o início da reversão das situações de miséria, injustiça social e degradação ambiental frustrou boa parte das esperanças depositadas nesse processo.
Sete bilhões de seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de 1929. Vivem o aumento gigantesco da desigualdade social e da pobreza extrema, com a fome afligindo diretamente um bilhão de pessoas. Presenciam guerras e situações de violência endêmica e o crescimento do racismo e da xenofobia.
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