A seca continua a castigar inúmeras comunidades da região semi-árida do Piauí. Dentre as conseqüências da provocadas pela estiagem estão à falta d’água e de pasto para alimentar os animais, alta no preço dos alimentos.
Outro reflexo da seca no estado é à saída de pessoas com destino a outras unidades da federação em busca de melhores condições para se manter e ajudar na renda da família. A agricultora Andrelina Conceição Batista, que reside no município de Jaicós, explica que seu marido viajou para São Paulo para trabalhar no cultivo da safra da laranja. “Meu esposo foi para Matão (São Paulo) procurar recursos para que a gente não morra de fome. Somos 5 pessoas aqui em casa. Não tiramos nada esse ano. Outro apelo ninguém têm, só tem roça para trabalhar e por isso ele foi embora”, disse.
A situação exposta por Andrelina vem se tornando comum na região, várias famílias deixam as suas localidades na esperança de melhores condições de vida em outros estados. O agricultor José Antônio de Sousa morador da comunidade Barragem do Sítio em Jaicós informa que a cada semana saem ônibus com pessoas com direção ao interior paulista em busca de emprego. “Está com quase dois meses que de 8 em 8 dias sai um ônibus ou dois com destino a Matão, para levar as pessoas para colher a laranja, a minha família tem umas 6 pessoas que estão em Matão para sobreviver”, relata.
A agricultura Maria Aparecida Conceição Lacerda da localidade Tanque dos Batistas em Jaicós também destaca que a maioria de seus familiares se encontram em Matão devido a seca. “Meus irmãos foram todos, porque é obrigado a ir, é forçado, não é porque a vontade pede pra ir. Não teve caju, feijão e nem mel. A única solução é procurar apego pelo mundo e as autoridades de nosso município que tome as providências para ver se acaba mais este sofrimento do povo. “ reivindica.
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