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PAÍS DE IMPREVIDÊNCIA, POR ALEXANDRE GARCIA

A menos de dois meses da conferência mundial Rio+20, o Brasil descobre que o Rio de Janeiro não tem condições de hospedar os 50 mil credenciados para o evento. Principalmente não tem hospedagem de alto nível para receber 80 chefes de estado e 120 delegações estrangeiras. Segundo a prefeitura, são 32 mil vagas - ficam faltando 18 mil. Mas isso não considera a lotação normal dos hotéis do Rio. Há duas semanas, quando fui fazer o Jornal Nacional, já não encontrei vaga em hotel. Na Semana Santa, só encontrei em hotel de 5 estrelas, a 800 reais a diária, e sobravam apenas quatro quartos. Ou seja: as 32 mil vagas já estão ocupadas e ainda virão 50 mil pessoas para a conferência. Imaginem na Copa do Mundo, dentro de dois anos.

Agora choveu de novo em Teresópolis e de novo quedas de encostas destruíram e mataram. A tragédia de 12 de janeiro de 2011 tem pouco mais de um ano e ainda há casas soterradas, carros enfiados em buracos, ruas destruídas e nenhuma das casas prometidas foi entregue para estimular a mudança de quem mora em área de risco. Morreram 382 brasileiros. No Japão, do terremoto com tsunami que destruiu uma usina nuclear e invadiu cidades, matando 15 mil japoneses, só restou lembrança na memória. Está tudo reconstruído há muito tempo. Não há cicatrizes da catástrofe de 11 de março do ano passado em lugar algum. Em Teresópolis, até autoridades aproveitaram-se para desviar recursos para a emergência. No Japão, dinheiro e jóias encontrados voltaram há muito tempo às mãos dos proprietários ou seus herdeiros.
Muita gente diz que não podemos nos comparar com o Japão. Pois ao contrário, o Japão é que não pode ser comparado com o Brasil. O Japão é um pequeno arquipélago montanhoso, com pouca terra apropriada para a agricultura, não tem riqueza no sub-solo, sofre com frio intenso, tsunamis, terremotos, vulcões, furacões e é o único lugar do mundo que foi atacado por duas bombas atômicas. O Brasil é um país-continente, com 7 mil quilômetros de costa, rios abundantes, florestas, sub-solo riquíssimo, sol e chuva o ano todo, milhões de quilômetros quadrados de terra apropriada para produzir alimentos, não tem vulcões, terremotos, tsunamis ou furacões devastadores.
Em compensação, quanta imprevidência, quanta falta de planejamento, quanta incompetência. Imaginem que em Teresópolis instalaram sirenas para avisar do perigo de deslizamentos(tipo: "fuja, que é só o que podemos fazer") e as sirenas não funcionaram. Coisas simples assim, não funcionam. Prever uma conferência com 50 mil visitantes, está fora do nosso alcance. Os aeroportos para a Copa já estão com prazo vencido há tempos. Será que a gente não ai conseguir organizar nem o futebol? Domingo, passei pela Marquês do Sapucaí. Fiquei impressionado com a monumentalidade das arquibancadas para o desfile de escolas de samba. Só vai nos sobrar o carnaval.
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