Artigo mensal - Maio: "Maria, mãe e discípula fiel "

 

 Por Aurimar Fernandes Medeiros

Em geral, quando necessitamos de algo, temos maior facilidade em nos dirigir à mãe do que ao pai. O coração materno é sempre acessível e compreensivo. À mãe nos dirigimos, e se for preciso, ela recorre ao pai. Ela é o caminho que nos conduz a Cristo. “O significado e a importância da devoção mariana residem em sua capacidade de estabelecer a relação com Deus. A piedade mariana só é existencial e pastoralmente válida se estiver orientada para Cristo. A verdadeira espiritualidade mariana não consiste tanto em rezar a Maria, mas em rezar com Maria” (Missal dominical, p. 1.360). E ela nos ensina a nos dirigir ao pai com confiança e com certeza de ser atendida. 

Em tudo e sempre Maria é vista como aquela que nos pede: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5);  Aquela que, presente e atenta às necessidades das pessoas, é capaz de dizer: “Eles não têm mais vinho” (Jo 2,3); Aquela que mesmo sem entender racionalmente diz: “Como pode se não conheço homem?” (Lc 1,34); Ou ainda: “Guardava tudo no seu coração e meditava” (L 2,52); Coloca-se pronta e decididamente à disposição da vontade do Senhor: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a sua Palavra” (Lc 1,38); Aquela que é capaz de reconhecer a ação de Deus na sua vida quando canta o Magnificat, “o Senhor fez em mim maravilhas...” (Lc 1,49). Maria é aquela que segue seu filho Jesus Cristo em todos os momentos de sua vida. É aquela que, é a nossa certeza, continua junto de nós, solidária, dando-nos força e coragem para vencer as dificuldades e, com alegria e esperança, continuarmos nosso caminho na construção do Reino.

Maria nos exorta a fazer o que Jesus nos diz. Junto com ela, queremos, como discípulos e discípulas, estar atentos aos apelos do Filho. Com certeza, eles nos fazem perceber a falta de “vinho” – a dignidade da vida e a alegria de viver – em nossas famílias.

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