Todos
sentimos verdadeira decepção quando somos injustiçados em nossos direitos. Mas
no ganho da causa em relação a isso, nossa alegria é evidenciada. Fez-se
justiça! Nos dizeres bíblicos vemos a grande realidade da ação de Deus que nos
dá a garantia de sua ação: “Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim
faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua
glória diante de todas as nações” (Isaías 61, 11). Baseado nessa ação do
Senhor, o povo judeu teve a sustentação de sua euforia (Cf. Isaías 61, 10),
repetida por Maria no Magnificat: “Meu espírito se alegra em Deus” (Lucas
1,47).
A alegria
de Maria é a nossa também! Ela foi escolhida para nos dar o Salvador. Estávamos
perdidos para sempre. De repente a invenção de um projeto divino mudou nossa
história. Não somos mais condenados à tristeza, conseqüência do desatino de nos
colocarmos no lugar de Deus, deixando-O de lado no nosso encaminhamento de
vida. Sem Ele não somos capazes de cuidar com verdadeiro amor do planeta e de
quem vive nele. O senhorio de Deus nos enriquece de satisfação em tudo,
contando com seu amor e suas coordenadas. Viver em Deus e deixá-lo viver em nós
é causa de nossa realização humana. O próprio Jesus nos assegura: “Sem mim,
nada podeis fazer”!
Já perto
da celebração da presença humana de Deus em nossa história, somos convidados a
rever nossa caminhada para percebermos até que ponto O deixamos agir em nós
para termos a grande graça e a certeza de que com Ele vencemos nossos limites.
Assim, somos capazes de promover a vida de realização plena para todos, mesmo
dos mais decepcionados ou desesperançosos. Não são os sofrimentos, os limites
humanos, os desafios da caminhada, os empecilhos que vão nos tirar a certeza da
vitória e da superação de nossos limites. Com o amor trazido pelo filho de
Maria somos capazes de recomeçar uma vida mais saudável e cheia de esperança,
motivo de nossa alegria brotada da fé no Emanuel.
Nem as
incompreensões e injustiças acontecidas com Jesus anularam a confiança de sua
mãe. Ela acreditava nele. Acompanhou-o por toda a vida, até mesmo ao túmulo.
Mas viu-o também ressuscitado! Pode verificar seu poder divino, espalhando a
toda a humanidade o resultado de seu sacrifício redentor! Mais: ela viu a
Igreja nascente a espalhar até para povos distantes o Evangelho da promoção da
vida. Torna-se verdadeira mãe de todos, pois, cooperou com a salvação da
humanidade, dando-lhe o Salvador!
Por
Dom José Alberto Moura,CSS
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