Por
Sem. Carlos Adriano
Caríssimos irmãos quero partilhar com vocês uma breve
reflexão sobre a Virgem Maria Mãe de Deus, que me fora proposto fazer na
ocasião de nossas comemorações a Virgem Maria neste mês que lhe é dedicado.
Nosso Seminário com grande empenho tem se dedicado todos os dias a essa
pratica, e essa tem nos aproximado muito de Jesus por meio de nossa Senhora.
Ao longo desses dias, nossa casa de forma bem especial,
temos nos dedicado de forma bem amorosa a prestar nossas homenagens àquela que
por excelência fora escolhida por Deus e dada a cada um de nós como modelo de
disposição, de auxilio em nossas dores e alegrias da caminhada que hoje
trilhamos para fazer a vontade Daquele que é o sentido da vida dessa amorosa
mãe. Hoje continuando este trajeto queremos dar a nossa contribuição nessas
homenagens e em tudo glorificar o nome de Jesus por meio de nossa senhora.
Neste dia de forma bem simples, mas com grande gratidão a
Deus pela presença de Maria em minha vida, partilho um pouco daquilo que me
fora proposto para conduzir esse momento de reflexão.
Quero expressar que falar de Maria pra mim, é falar de
alguém que me é muito cara, de alguém que ocupa um lugar em minha vida, não de
hoje, mas de muito tempo, alguém que tem de forma bem concreta me levado a seu
Filho, pois essa é sua missão em minha vida. Por isso, vou falar de alguém que
amo e estimo. São João Maria Vianey, já dizia: A Santíssima Virgem é a minha
mais antiga afeição; ameia mesmo antes de conhecê-la. É assim que defino a
presença de Maria em minha vida. Então por se tratar de alguém que amo, fica
mais fácil falar dessa tão grande e humilde Mãe. E no mesmo instante difícil
por talvez não encontrar palavras adequadas para descrever essa tão singular
mãe em minha vida. Mas confiando que, ela como mãe sabe entender uns simples
rabiscos como uma carta contendo muitos significados de amor me aventuro a lhe
dedicar esse momento tão impar em minha vida.
Mas, o tema que me
fora proposto foi falar sobre a Virgem
Maria como mãe de Deus.
Mãe de Deus ou THEOTOKOS foi o primeiro dogma da Virgem
Maria reconhecido pela Igreja. Sua promulgação ocorreu no Concílio de Éfeso
(431 d.C.) pelo Papa Clementino I, e, após algum tempo foi confirmado por
outros Concílios universais: o de Calcedônia e os de Constantinopla II. Este
dogma fora proclamado com o fim de combater uma heresia, defendida por
Nestório, patriarca de Constantinopla, que afirmava haver duas pessoas em Jesus
Cristo: uma divina e outra humana. Baseado nesta afirmação, Nestório negou que
Maria fosse a Mãe de Deus, mas apenas a mãe do homem Jesus. O concilio de Éfeso
condenou publicamente a heresia e declarou que em Jesus Cristo há uma só
pessoa: a pessoa divina. A natureza humana é assumida pela natureza divina e,
portanto, Maria é a Mãe de Deus, porque gerou Jesus, que é Deus.
A Maternidade Divina de Maria Santíssima é, sem dúvida, a
maior glória e a maior dignidade que Deus reservou para Ela. Todas as atenções
de Deus, dos anjos, das pessoas iluminadas pelo Espírito Santo, como o Anjo
Gabriel, Isabel, e mesmo Jesus, são motivadas e ligadas todas elas à
Maternidade Divina de Nossa Senhora.
Quando dizemos que Maria Santíssima é Mãe de Deus não
devemos entender que Ela tenha gerado em seu seio a divindade de Jesus Cristo.
Nossa Senhora é Mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo, o qual é Deus como o Pai e
o Divino Espírito Santo. O Filho de Deus é pessoa divina, própria e individual.
Antes de se encarnar, não existia Jesus Cristo, como Homem-Deus, mas como
Puríssimo Espírito. Todas as ações de Jesus Cristo, milagres, ofensas, dores e
sofrimentos são atribuídos a Jesus, homem-Deus.
Por tudo isso, Nossa Senhora é Mãe do Filho de Deus, feito
homem, e, sendo Jesus Cristo Deus, por conclusão lógica, entende-se que Ela é
Mãe de Deus.
Mãe em sentido pleno:
O Catecismo da Igreja Católica nos diz que todo ser humano
possui em si uma parte espiritual, criada por Deus (alma) e uma parte material,
preparada pelos pais (corpo).
Como pessoa, o ser humano, começa a existir quando a parte
material e a parte espiritual se unem substancialmente no seio de sua mãe. Mas,
a mãe, juntamente com o pai, só prepara a parte material, pois a alma, como
dito, foi criada diretamente por Deus.
Entretanto, o ser humano considera a sua mãe como mãe em
sentido pleno, como aquela que o gerou. E, assim Maria Santíssima gerou seu
Filho Jesus Cristo em seu seio, embora a parte divina de Jesus, a sua pessoa
divina, já existisse desde toda eternidade.
A Santíssima Virgem, dando à luz Jesus Cristo, deu à luz seu
Filho, o qual é totalmente Deus e totalmente homem. Nossa Senhora é
verdadeiramente Mãe de Deus, porque Jesus Cristo é Deus.
Irmãos:
Tudo o que aconteceu na vida de Maria se deu por meio de uma
vivencia profunda de oração, essa era pra ela um meio de se deixar tomar pelo
amor de Deus que cria e recria todas as coisas de forma plena e verdadeira. A
atitude de Maria diante desse foi sempre de humildade, por isso Ele a fez
grande e lhe confiou muito, pois ele mesmo não diz que: se formos fieis no
pouco ele nos confiara muito mais? Com Maria não foi diferente. Ela vivia uma
intensa vida de oração, foi nesta que ela pode dar-se a Deus primeiramente para
que este lhe manifestasse o seu plano de amor.
Sabemos que a oração é um caminho para se chegar, melhor
para trilhar o Caminho que é Jesus Cristo, nesse temos como modelo a Virgem Mãe
de Deus, foi ela que em
primeiro gerou em seu ventre e percorreu este caminho, através da oração e ela
tem muito a nos ensinar. Por isso, não devemos ter medo de confiar em suas mãos
não só nossa vocação, mas nossa vida por inteiro. Ela é um porto seguro onde
podemos atracar nossas vidas de forma confiantes. Pois amados, nunca e preste muita atenção, se
ouviu falar que Maria tem separado ou perdido pelo meio do caminho aqueles que
a ela fora confiados ou aqueles que se confiou a sua intercessão, da pessoa de
seu filho tão amado Jesus. Maria é “o ‘tranpolim” que nos lança em Deus, ela
nunca aponta pra si mesma, mas Deus é sempre sua meta, ao olharmos para sua
vida vemos a presença de Deus que é capaz de realizar na vida dos que creem
sempre o seu impossível, os ensinamentos que o seu filho deixou para que fossem
seguidos. E sua maior alegria, sua maior honra é a mesma que Jesus disse a mais
alegria no céu por um só que se volte pra cristo do que por muitos justos que
tem o seu coração longe de Deus.
Por fim amados, posso encerrar essa simples reflexão
convidando-os a renovar a entrega de sua vida, de nossas vidas nas mãos de
Maria. Confiantes de que Ela nunca ira nos afastar de seu Filho tão amado e
querido. Maria não quer a gloria para si mesma, ela é humilde e reconhece que
só Deus é digno de todo louvor e adoração. Jesus AMOU E AMA Maria como Mãe, e
por nos amar nos confiou o seu mais precioso tesouro que foi a vida de Maria,
quando disse a João “Eis ai tua Mãe”, e Esse a acolheu a partir dali, como
grande alegria.
Jesus que sabe fazer todas as coisas de modo tão perfeito,
nos entregou Maria como Mãe, e na maioria das vezes por causa de nosso orgulho
e prepotência achamos e julgamos que ele errou quando fez esse gesto, não
aceitando esse presente tão valioso que é Maria para nós e para nossa Igreja. É
triste ver um filho rejeitar sua mãe. Mas amados uma coisa é certa mesmo que
digamos não aceitamos Maria como nossa Mãe, mesmo se a rejeitarmos por causa de
nosso orgulho, mas ela continuará sendo a nossa MÃE, pois a palavra de Deus não
volta para o céu sem antes dar seus frutos. NÃO TENHA MEDO DE MARIA, NÃO TENHA
MEDO DE NOSSA MÃE, DE NOSSA SENHORA, pois sendo ela mãe de nosso Senhor, ela é
Mãe também de nos seus filhos adotivos. Aqueles que não têm Maria em suas
vidas, pode acreditar, tem um grande vazio dentro de si. Deus abençoe a todos
nós. E que Maria nos leve ao seu filho muito amado. Centro de toda nossa
existência.
Um comentário:
Deus abencoe e a encha cada vez mais de sabedoria para que inspirado pelo Divino Espirito Santo possa escrever texto belissimo como este
quando se refere a Mãe do nosso Senhor Jesus Cristo.
Obrigada,
nanci Andrade
Salvador-Bahia
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